Podemos estruturar o cenário com base em três abordagens diferentes: uma solução onde a equipe é composta por funcionários CLT, outra utilizando recursos de bodyshop, e a última com a Squad as a Service. Podemos comparar as três abordagens em termos de tempo de execução, custo, flexibilidade, qualidade de entrega, e outras variáveis relevantes.
*valores fictícios
Cenário Fictício do Projeto: Digitalização de Processos de Atendimento ao Cliente
Objetivo: Implementar uma nova plataforma omnichannel de atendimento ao cliente em uma grande empresa do setor de serviços financeiros, visando aumentar a satisfação do cliente e melhorar a eficiência operacional.
Prazo do projeto: 12 meses
Orçamento inicial: R$ 3.000.000
Necessidade de expertise técnica: Desenvolvimento full-stack, UX/UI, integração de sistemas legados, arquitetura de microserviços, DevOps, e gestão de produto.
Abordagem 1: Time Interno (Funcionários CLT)
Composição do time:
– 5 Desenvolvedores (full-stack e back-end)
– 1 UX/UI Designer
– 1 Product Owner
– 1 Gerente de Projeto
– 1 Arquiteto de Soluções
– 1 DevOps
Benefícios:
– Alinhamento cultural e organizacional: Funcionários internos estão familiarizados com as operações da empresa e os sistemas legados.
– Engajamento de longo prazo: Maior retenção de conhecimento dentro da organização.
Desafios:
– Tempo para contratação: O processo de recrutamento e contratação de funcionários pode demorar, o que impacta o início do projeto.
– Custo fixo elevado: Salários, benefícios e encargos trabalhistas para montar e manter a equipe.
– Escalabilidade limitada: Caso haja necessidade de maior velocidade ou expertise adicional, a empresa pode enfrentar desafios para contratar ou treinar funcionários.
Custo estimado: R$ 4.200.000 (considerando o custo anual por colaborador, encargos trabalhistas, e aumento de custo com treinamentos).
Prazo: 14 meses (considerando a curva de aprendizado inicial dos novos colaboradores).
Abordagem 2: Bodyshop (Recursos Terceirizados)
Composição do time:
– 5 Desenvolvedores (alocados via bodyshop)
– 1 UX/UI Designer
– 1 Product Owner
– 1 Gerente de Projeto
– 1 Arquiteto de Soluções
– 1 DevOps
Benefícios:
– Rápida alocação de recursos: Empresas de bodyshop podem fornecer especialistas rapidamente, o que acelera o início do projeto.
– Flexibilidade de contrato: Contratos mais flexíveis, com possibilidade de reduzir ou aumentar o time conforme as demandas do projeto.
– Baixo custo inicial: Não há encargos trabalhistas diretos, pois os profissionais são terceirizados.
Desafios:
– Comprometimento a longo prazo: Os profissionais terceirizados podem não estar tão alinhados com os objetivos e a cultura da empresa, levando a possíveis problemas de retenção e engajamento.
– Conhecimento limitado da empresa: Como os profissionais são externos, pode haver uma curva de aprendizado maior relacionada aos sistemas internos e processos da empresa.
– Gerenciamento do time: O gerenciamento do time pode ser mais complexo, com a necessidade de supervisão mais próxima.
Custo estimado: R$ 3.600.000 (incluindo taxas da bodyshop e contratos de terceirização por projeto).
Prazo: 12 meses (considerando que o time já está alocado desde o início do projeto).
Abordagem 3: Squad as a Service (SaaS)
Composição do time (Squad alocada pelo fornecedor):
– 5 Desenvolvedores (full-stack e back-end)
– 1 UX/UI Designer
– 1 Product Owner
– 1 Delivery Manager (Gerente de Projeto)
– 1 Arquiteto de Soluções
– 1 DevOps
– Equipe escalável de QA e suporte conforme necessidade do projeto
Benefícios:
– Entrega orientada a resultados: A equipe é gerenciada pelo fornecedor com foco em entregas e resultados mensuráveis, reduzindo a carga de gestão da empresa.
– Flexibilidade e escalabilidade: A squad pode ser redimensionada conforme a fase do projeto, ajustando a necessidade de recursos de forma eficiente.
– Alinhamento com as melhores práticas: Equipes SaaS geralmente seguem práticas ágeis e têm uma vasta experiência em projetos semelhantes, o que resulta em alta eficiência e qualidade de entrega.
– Suporte contínuo e menor curva de aprendizado: A squad já vem com expertise técnica e processos prontos para entrega, reduzindo o tempo de imersão no projeto.
Desafios:
– Custo variável: Embora escalável, o custo pode aumentar se a necessidade de suporte ou recursos adicionais for maior que o previsto.
– Dependência do fornecedor: A empresa fica dependente do fornecedor para garantir a continuidade e qualidade do trabalho, especialmente em projetos longos.
Custo estimado: R$ 3.000.000 (taxas mensais, gestão do time, e resultados alinhados a entregas).
Prazo: 10 meses (devido à alta especialização da equipe e foco na entrega ágil).
Conclusão:
A abordagem Squad as a Service se destaca pela flexibilidade, prazo mais curto, e foco em resultados mensuráveis, o que reduz os riscos associados à gestão e alinhamento técnico. O time CLT pode ser benéfico para empresas que priorizam a retenção de conhecimento interno e têm uma visão de longo prazo, mas é menos flexível e mais caro. O Bodyshop oferece uma solução intermediária, mas com desafios de engajamento e gestão do time.